Sem arma, com matilha
Os matilheiros seguem atrás dos javalis sem arma, apenas com uma faca e um pau. Andam por montes e vales com os seus cães, a encaminhar as presas até aos caçadores. No fim da montaria na Serra de Baixo, no passado dia 7 de Fevereiro, os matilheiros mostravam mãos feridas e rostos afogueados. O cansaço disfarçava mal o entusiasmo da perseguição. À volta das suas pernas os cães continuavam a circular, excitados. Como se as últimas cinco horas não tivessem sido passadas a correr atrás de javalis entre giestas, carqueja e pinheiros, a ladrar e latir sem cessar. Durante a montaria do Clube de Caça e Pesca de Manteigas os cães colaram os narizes no chão, farejaram o ar à procura de um sinal, sempre à espera da orientação dos donos. Com palavras certas e o som das pequenas cornetas, os matilheiros acompanharam os cães. “Incentivam-nos a levarem as peças até às portas”, explicou Helder Cantarinha. São os matilheiros que percorrem as cumeadas e descem os vales atrás dos grupos de cães que alimentam e tratam ao …